segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004)

O que dizer do incrível ator Jim Carey? Ele é realmente estupendo, mas acostumamo-nos a ve-lo atuar em brilhantes comédias, cenas hilariantes que são valorizadas por sua espontâneidade diante das câmeras... resumindo: ele é um puta comediante.
Mas acima de tudo, Jim Carey é um puta ator, que consegue dar um up neste filme, que se passa quase por completo na mente de Joel. Um homem simples, de vida pacata, quê vê sua vida transformada por completo graças a uma paixão [?] repentina pela jovem Clementine (Kate Winslet).

Tá, confesso que o que me ajudou a entender o filme foram as cores do cabelo dela, e que eu até me assustei a princípio, uma vez que a Clem se parece ao extremo comigo.



Enfim, a tal tangerina é impulsiva e se eu tivesse a chance, também apagaria muita gente da memória... se eu não tivesse assistido esse filme. Mas eis que eu brilhantemente assisti e fiquei com a mesma questão na minha cabeça: "E todos aqueles momentos bons?"



Sim, por que se eles viveram por dois anos juntos, muita coisa boa deve ter rolado, muitas sensações bacanas, muitas histórias. Eu tive minhas histórias e apesar de todo o sofrimento, não conseguiria ficar sem essas lembranças, maldita impulsividade!
E, pulando agora para o final do filme, quando você descobre o que você fez e ouve todas as memórias que você tinha sobre aquela pessoa?


A coisa é bem simples, você apaga a pessoa da sua memória, no entanto, quando você a encontrou pela primeira vez, não tinha memória alguma dela, e nem ela sua... então... o que faz alguém se apaixonar?

Certo, então paixão não teria nada a ver com a memória e sim com a tal da primeira impressão, logo, se você a encontra novamente, depois de te-la apagado da sua memória, você brutalmente corre o risco de apaixonar-se novamente.
Agora, como se apaixonar por alguém cujo qual você já tem certeza que você irá detestar dali há dois anos?? Você ouve em uma gravação a sua própria voz contando o qüão desagradável a pessoa é, e o pior, a ouve falando a seu respeito também.


Qual seria a solução pra isso?
Uma vez que encarar a verdade sobre quem somos é quase tão torturante quanto ouvir restart e cine ao mesmo tempo ao lado de garotas de 12 e 13 anos chorando desesperadamente por aquelas coisas coloridas.
Acho que eu teria a mesma opinião de Joel neste sentido. "Tudo bem" -  ele disse. Simples, não? Não há nada que se possa fazer, então por que não aproveitar esse sentimento enquanto tudo não vira a gigantesca tragédia - ou não.


Resultado: amei o filme, mesmo tendo ficado perplexa com as semelhanças entre a minha pessoa e a tal Clementine. Puta comédia romântica dirigida por Michel Gondry.
Dica para os aficcionados por senhor dos anéis:  Elijah Wood, arrasando ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê a sua opinião, contribuição monetária; mande sua crítica, sugestão, foto, telefone; Enfim, esculhambe... essa é a sua chance de vingar-se pela porcaria ali em cima... ou não.