sábado, 11 de setembro de 2010

As mulheres das redes sociais

Mulher Orkut:
A “mulher Orkut” é barraqueira, gosta de se exibir, de saber da vida dos outros, tira foto fazendo biquinho e coraçãozinho com a mão. Pega sol na laje e toma banho de mangueira. Costuma ir na balada de carona, geralmente um Corcel com o adesivo “A sua inveja é a força do meu suçesso”. Sim, com cedilha.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Querida mamãe...

“Querida mamãe, é com grande pesar que lhe informo que estou fungindo com meu novo namorado, Raimundo. to apaixonada por ele. Ele é muito gato, com todos aqueles pircings, tatoos e aquela super moto Halley Davidson. Mas não é só por isso, eu também to grávida de trigêmeos, e Raimundo disse que vamos ser muito felizes no seu trailler. E que ele quer ter mais filhos comigo, e isso foi tudo que eu sempre quis. Aprendi que maconha é ótimo, é uma coisa natural que não faz mal pra ninguém, e ele garante que no nosso lar não vai faltar bebida. Raimundo acha que eu, nossos filhos e seus colegas da guangue vamos viver em perfeita harmonia. Não se preocupe mamãe, eu ja tenho 16 anos e sei muito bem me cuidar. um dia eu volto para que a senhora conheça meus filhinhos.
                   um grande abraço.
                   de sua filha, Jana.


 PS : mãe não se assuste. é tudo mentira e estou na casa da Rute, nossa vizinha. Só queria mostrar pra senhora que existem coisas piores que as notas vermelhas do meu boletim, que está na primeira gaveta da cômoda.”

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Dororo (2007)

Filme trash japonês, dirigido por Akihiko Shiota. É viajante por ter se baseado em um mangá homonimo. Divertido? Hum... nem tanto. O filme é classificado como ação e as cenas de luta são verdadeiramente fracas.
Pra se ter uma noção da história, um guerreiro entra em um templo e faz um pacto com 48 demônios dando em troca da unificação do mundo, o corpo de seu filho, que nasce sem 48 partes (incluindo orgãos internos)... Maass... como o filme é baseado em mangá, já viu a viagem né? O garoto nasce vivo e é adotado por um velho que simplesmente... RECONSTRÓI SEU CORPO!!!

Dá pra imaginar? Enfim, o moleque cresce e vira um puta gato, muito UOU assim.. e descobre que pra "recuperar" as verdadeiras partes de seu corpo, ele precisa matar os 48 demônios.
A tal Dororo =P
Enfim, o nome desse moleque é Hyakkimaru, aí você se pergunta... Quem raios é Dororo. Dororo era o apelido do moleque, algo como monstro não sei das quantas. Mas, acontece, que logo no começo do filme, esse carinha se encontra com uma ladra, que como toda ladra profissional não tem um nome, mas só por diversão, rouba o nome dele.
Cara, essa Dororo é o que prende a atenção no filme, definitivamente. Por que o resto não vale muito a pena não, mas ela é hilária! Criada como menino, desde pequena ouvia que homens não choram e que ela só poderia ser mulher depois que se casasse com um bom homem, até lá, ela vive como menino.
Tá, o filme não é lá estas coisas, talvez por eu ter carbonizado meu lado Otaku desde sempre. Pra quem gosta de animes e mangás, vale a pena tentar assistir.

Ensaio sobre a cegueira (2008)


Bom, pra começar, eu preciso explicar como este blog funciona. Eu assisto os filmes, faço uma rápida pesquisa pela web atrás de informações a respeito e depois escrevo a minha opinião a respeito, o meu modo de ver o filme.
Blindness me chamou muita atenção desde o primeiro trailler. O que fazer quando  você fica simplesmente cego, de repente? E se todo o planeta estivesse cego e você fosse o único que enxergasse?
Primeiro.. assista o trailler:



Aí assisto o filme e entro numa viagem paranóica muito louca, que rendeu algumas horas de conversa a respeito depois. Puta filme foda, pra se pensar mesmo.
Quando finalmente coloco meus sentimentos em relação ao filme (que foram vários) em ordem, eu venho até o meu computador e digito "Ensaio sobre a cegueira" no google, descubro que o filme é baseado em um livro de José Saramago, um escritor português.
Até aí tudo bem, Blindness não seria o primeiro filme baseado em um livro, resolvi procurar pelo diretor, como em todos os filmes deste blog e o que eu encontro?
Fernando Meirelles!!! É isso mesmo, o carinha de Cidade de Deus!!!
Ficou confuso?? Vai aí a explicação da wikipédia a respeito:

"Ensaio sobre a Cegueira (Blindness, em inglês) é um filme de 2008 produzido por Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles e com roteiro baseado no livro do mesmo título do Prémio Nobel português José Saramago. O filme abriu o Festival de Cannes de 2008.

O filme foi rodado em Toronto, no Canadá, em São Paulo e Osasco no Brasil e em Montevidéu no Uruguai. Baseado no livro de 1995 de José Saramago, uma epidemia de cegueira prolifera-se por uma cidade moderna, resultando no colapso da sociedade."

Prefeitura de São Paulo durante as filmagens.
O filme foi gravado boa parte aqui no Brasil!! Foi dirigido por um brasileiro e ainda tem gente defazendo o cinema nacional??


A principio, logo que você acaba de assistir o filme, ele te frustra, ao menos me frustrou. Pelo fato de não explicar o que ocasionou a epidemia da cegueira branca, e por não explicar como uma única pessoa não é contaminada em nenhum momento.
Mas o filme trás tantas outras questões, que realmente você percebe que este não é e nunca foi o foco principal. A questão não é o como e nem o porquê. A questão é.. aconteceu, e agora?
É perturbador se colocar no lugar de um cego, pensar em perder a visão assim, repentinamente? Claro que é. 

"\/ocê tem medo de fechar os olhos? Não eu tenho medo de abri-los e não ver mais nada."

Mas como seria se você fosse a única pessoa a enxergar? Ter o mundo inteiro as suas costas, ver o mundo inteiro ser destruido, já que as pessoas se desesperaram e estão lutando com seus instintos, como verdadeiros animais?

Minha opinião a respeito? Um filme foda para se pensar, mas não acho que chegaríamos a tanto. O ser humano tem um poder de adaptação muito grande, duvido muito que chegaríamos ao caos total como no filme.
No entanto, como o filme não te passa uma cronologia exata, é complicado saber se foi repentinamente, quanto tempo eles tiveram pra se adaptar, esse tipo de coisa. É um drama foda, agoniante. Simples assim.

Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004)

O que dizer do incrível ator Jim Carey? Ele é realmente estupendo, mas acostumamo-nos a ve-lo atuar em brilhantes comédias, cenas hilariantes que são valorizadas por sua espontâneidade diante das câmeras... resumindo: ele é um puta comediante.
Mas acima de tudo, Jim Carey é um puta ator, que consegue dar um up neste filme, que se passa quase por completo na mente de Joel. Um homem simples, de vida pacata, quê vê sua vida transformada por completo graças a uma paixão [?] repentina pela jovem Clementine (Kate Winslet).

Tá, confesso que o que me ajudou a entender o filme foram as cores do cabelo dela, e que eu até me assustei a princípio, uma vez que a Clem se parece ao extremo comigo.



Enfim, a tal tangerina é impulsiva e se eu tivesse a chance, também apagaria muita gente da memória... se eu não tivesse assistido esse filme. Mas eis que eu brilhantemente assisti e fiquei com a mesma questão na minha cabeça: "E todos aqueles momentos bons?"



Sim, por que se eles viveram por dois anos juntos, muita coisa boa deve ter rolado, muitas sensações bacanas, muitas histórias. Eu tive minhas histórias e apesar de todo o sofrimento, não conseguiria ficar sem essas lembranças, maldita impulsividade!
E, pulando agora para o final do filme, quando você descobre o que você fez e ouve todas as memórias que você tinha sobre aquela pessoa?


A coisa é bem simples, você apaga a pessoa da sua memória, no entanto, quando você a encontrou pela primeira vez, não tinha memória alguma dela, e nem ela sua... então... o que faz alguém se apaixonar?

Certo, então paixão não teria nada a ver com a memória e sim com a tal da primeira impressão, logo, se você a encontra novamente, depois de te-la apagado da sua memória, você brutalmente corre o risco de apaixonar-se novamente.
Agora, como se apaixonar por alguém cujo qual você já tem certeza que você irá detestar dali há dois anos?? Você ouve em uma gravação a sua própria voz contando o qüão desagradável a pessoa é, e o pior, a ouve falando a seu respeito também.


Qual seria a solução pra isso?
Uma vez que encarar a verdade sobre quem somos é quase tão torturante quanto ouvir restart e cine ao mesmo tempo ao lado de garotas de 12 e 13 anos chorando desesperadamente por aquelas coisas coloridas.
Acho que eu teria a mesma opinião de Joel neste sentido. "Tudo bem" -  ele disse. Simples, não? Não há nada que se possa fazer, então por que não aproveitar esse sentimento enquanto tudo não vira a gigantesca tragédia - ou não.


Resultado: amei o filme, mesmo tendo ficado perplexa com as semelhanças entre a minha pessoa e a tal Clementine. Puta comédia romântica dirigida por Michel Gondry.
Dica para os aficcionados por senhor dos anéis:  Elijah Wood, arrasando ;)